Workaholics: viciados em trabalho

Workaholic: Você é um? Confira as características do distúrbio 

Em um cenário de constante competição seja por ego ou para simplesmente ter o talento reconhecido, pessoas apontam com orgulho que trabalham mais do que terceiros – ou até mesmo mais do que deveriam – contudo, o que não se percebe é que essa postura pode ser apenas um dos sintomas de um workaholic.

De acordo com o diretor executivo da Bazz Consultoria, Celso Bazzola, há alguns pontos específicos que podem te ajudar a compreender o tema: workaholic, além de suas implicações e o que fazer caso seja identificado o problema. Confira: 

1. Características

Celso aponta que é muito fácil detectar quem são essas pessoas, basta notar quem trabalha mais de 12 horas por dia no escritório e ainda costuma levar tarefas para casa. Além disso, esse mesmo trabalhador ou trabalhadora constantemente recebe críticas por ficar de olho no celular nos dias de folga para checar se tem mensagens ou notificações relacionadas ao trabalho. 

2.  Eu sou um?

Os principais sintomas desse distúrbio , de acordo com Bazzola, são insônia, mau-humor, impotência sexual, atitudes agressivas em situações de pressão, autoestima exagerada e, em muitos casos, depressão. 

Outro aspecto que pode auxiliar na identificação do distúrbio é a ausência dessa pessoa das convivências sociais, com familiares e amigos. Um trabalhador compulsivo também é aquele em que mesmo fora do escritório, cria uma ambientação com temas sobre suas atividades de trabalho, ou seja, em nenhuma situação a vida profissional é desligada.

3. Problemas relacionados

Bazzola diz que há casos tão graves registrados em consultórios psicológicos e psiquiátricos em que o vício no trabalho chega a ser similar ao do álcool ou cocaína, pois o trabalho já se tornou uma obsessão doentia.

“Acredito que para a empresa a situação traz mais desvantagens do que vantagens. Inicialmente pode ser interessante, pois a velocidade dos resultados é satisfatória, porém há um desgaste emocional natural do profissional, pois ele estará isolado e restrito ao tema trabalho, o que bloqueia sua sociabilização o que poderá resultar em sérios transtornos futuros para sua vida”, diz o especialista. 

4.  Viva!

Trabalhar além das horas diárias não é nenhum pecado, desde que essa postura seja apenas empregada em casos necessários de urgência, etc. Contudo, tanto o profissional quanto o RH da empregadora devem ficar atentos aos exageros, pois o trabalho será apenas saudável enquanto o colaborador não é aprisionado a falar e estar agindo pelo trabalho.

Assegurar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional é o caminho ideal para combater esse problema, além da buscar valorizar mais os momentos de lazer, e perceber que o descanso é essencial para melhorar os resultados e a criação de ideias. 

5. Workaholic x Worklover

Deve-se saber diferenciar o amor pela profissão do vício. Um worklover é aquela pessoa que sabe os reflexos dos excessos, que são conflitos nos relacionamentos pessoais, saúde e bem-estar. Outro ponto que Bazzola não deixa passar em branco é o fato de que ser um workaholic não significa mais produção, pois muitas vezes vê-se no cotidiano pessoas sem organização no dia a dia que acabam trabalhando mais tempo para entregar o mesmo resultado.

“É importante lembrar que a vida é muito mais do que só trabalhar e que uma mente não descansada não é totalmente sã. Assim, não adianta trabalhar demais, e ser um workaholic, isso possivelmente ocasionará erros e retrabalhos. Portanto, tem que parar de trabalhar até para poder trabalhar bem. É uma questão de lógica”, conclui o especialista.  

Fonte: Economia - iG @ http://economia.ig.com.br/2017-06-20/workaholic.html

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