A arquitetura e o cérebro: a neuroarquitetura

   

NEUROARQUITETURA: COMO OS AMBIENTES IMPACTAM NO CÉREBRO? 

Mesmo quem não trabalha no ramo da arquitetura há de concordar: ambientes bem projetados influenciam nosso comportamento, seja em casa, no trabalho ou num café. Para os especialistas da área, essa relação entre neurociência e arquitetura já tem nome conhecido: neuroarquitetura.

Em termos mais práticos, significa dizer que a composição dos ambientes impacta diretamente na nossa rotina, motivando ou desestimulando nosso trabalho, por exemplo. Faça o teste: experimente trabalhar uma semana em um escritório mal projetado, escuro e sem vida, e logo você vai perceber a queda no seu rendimento.

Quer entender melhor como isso funciona? Então continue a leitura e descubra os reais impactos da neuroarquitetura na mente humana! 

CONCEITO DE NEUROARQUITETURA

Como já adiantamos, esse conceito consiste basicamente em explicar a relação entre a arquitetura dos ambientes e as respostas que o nosso corpo e o nosso cérebro dão conforme a projeção dos espaços.

Apesar de ser um conceito recente, os impactos da neuroarquitetura na mente humana já são conhecidos há tempos, sobretudo quando falamos em projetos corporativos. Afinal, considerando que passamos pelo menos 8 horas por dia trabalhando, sabemos muito bem que não dá para render o suficiente se o espaço da empresa for deficitário.

Estações de trabalho mal divididas, ruídos em excesso, móveis pouco funcionais, cadeiras desconfortáveis, circulação comprometida… Tudo isso contribui para uma rotina estressante e pouco produtiva no escritório. 

E é justamente aí que entra a neuroarquitetura, como uma solução prática e eficaz para reorganizar os ambientes corporativos de modo que eles se tornem mais estimulantes e, consequentemente, mais produtivos. Afinal, é muito mais fácil remodelar um espaço do que a personalidade dos funcionários, não é mesmo?

Para você ter uma ideia da importância de se discutir formalmente esse assunto, saiba que existe a Academia de Neurociência para Arquitetura, órgão acadêmico específico para discutir o conceito e perpetuar sua aplicação. Ao longo dos debates, foram evidenciados alguns impactos da neuroarquitetura na nossa mente, os quais veremos a seguir. 

PRINCIPAIS RESULTADOS NO CÉREBRO HUMANO - MELHORIA NO APRENDIZADO

Salas amplas, que favoreçam a entrada de luz natural e a circulação pelo espaço, são o principal estímulo ao foco e à concentração das pessoas. Isso, consequentemente, leva à melhoria no aprendizado, já que, quanto mais focado, mais o nosso cérebro se empenha para desenvolver habilidades.

Mesmo se as dimensões do local forem reduzidas, é possível garantir esse efeito a partir da otimização dos espaços. Mas você deve estar se perguntado como fazer isso na prática. É simples: invista em móveis funcionais — que se adaptem perfeitamente ao espaço —, além de cortinas de tecidos leves e cores neutras.

Assim, é possível regular a entrada de luz solar na medida para o conforto visual e o bem-estar das pessoas. 

PERSPECTIVA MOTIVACIONAL

Esse item está bastante relacionado ao anterior. Lembra-se de quando falamos que é impossível trabalhar bem ou se dedicar aos estudos em um ambiente escuro e sem vida? Pois é, isso faz todo sentido. Tanto que o conceito de neuroarquitetura está aí para provar que, conforme remodelamos o ambiente, conseguimos torná-lo mais motivador.

No caso dos escritórios, existe uma tendência para que as cores neutras sejam priorizadas, de modo a não carregar o ambiente com excesso de informação. No entanto, o que pouca gente sabe é que é plenamente possível pontuar cores ao longo do escritório para deixá-lo mais estimulante.

Painéis, luminárias de mesa ou até mesmo uma poltrona de descanso: experimente escolher alguns desses itens coloridos e já será o suficiente para exercitar a criatividade dos seus funcionários sem comprometer a identidade visual da instituição. 

IMPACTOS DA NEUROARQUITETURA NAS EMPRESAS

Sobretudo em tempos de crise e cortes de gastos, é natural que se destaquem no mercado as empresas que conseguem manter a produtividade de seus funcionários em dia. Por isso, a neuroarquitetura já é uma aposta certeira na composição de ambientes corporativos, funcionando como uma ferramenta a mais para impulsionar o rendimento da empresa.

Em seguida, você confere os principais impactos desse tipo de projeto na rotina dos funcionários. 

ESCRITÓRIOS MAIS HUMANIZADOS

Uma das propostas mais valorizadas pela neuroarquitetura é a importância de os ambientes serem projetados de forma mais humana. O que isso quer dizer? Que o ambiente de trabalho precisa promover não somente o bem-estar dos trabalhadores, mas também a socialização entre os funcionários.

As divisórias transparentes entre as estações de trabalho, por exemplo, permitem fazer a dosagem exata entre a separação dos setores e a comunicação interna da instituição. Assim, nem você se perde em meio ao excesso de informações que circulam nas mesas ao lado, nem seus colegas ficam incomunicáveis caso você precise contatá-los em algum momento. 

MAIOR CONFORTO E PRODUTIVIDADE

Não tem coisa pior do que passar o dia inteiro sentado em uma cadeira de escritório desconfortável ou com uma iluminação inadequada cansando as vistas, não é mesmo? Quando você projeta um local de trabalho conforme o conceito da neuroarquitetura, todos os detalhes são pensados cuidadosamente de modo a proporcionar o máximo de conforto para o funcionário. E aí o resultado surgirá naturalmente.

Afinal, quando trabalhamos em um local que oferece comodidade e bem-estar, nossas aptidões são potencializadas. Ou seja, fica mais fácil dar o melhor de si. Em contrapartida, o estresse e o mau humor típico de algumas repartições poderão ser combatidos com a leveza e a uniformidade dos escritórios bem projetados. Já pensou nisso? 

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Como destacamos, a maioria de nós passa pelo menos 8 horas do dia no ambiente corporativo. Exatamente por isso nós sabemos o quanto é importante manter uma qualidade de vida no trabalho. Caso contrário, estaríamos apenas cumprindo a carga horária com foco na hora de voltar para casa. Percebe como isso é frustrante?

Pois é! O ideal, portanto, é cultivar um ambiente saudável e sociável para que possamos trabalhar motivados e estimulados a retornar no dia seguinte. E nem precisa revolucionar o projeto do escritório para conseguir esse efeito. Basta remodelar alguns aspectos específicos e ir adaptando o restante aos poucos.

Uma simples reorganização nas estações de trabalho já ajuda a favorecer uma interação mais agradável entre os funcionários. Renovar a pintura e as cortinas de modo a favorecer a iluminação é outra medida rápida e muito eficaz para melhorar o astral no escritório. Trocar as cadeiras por opções mais ergonômicas também faz toda a diferença no clima corporativo!

Viu só? A neuroarquitetura não é complicada como muitos imaginam. Pelo contrário: esse conceito surgiu para facilitar o nosso cotidiano em meio aos ambientes que frequentamos, seja dentro da nossa própria casa, seja nos locais em que exercemos nossa atividade profissional.  

Fonte: https://blog.marelli.com.br/pt/neuroarquitetura-como-os-ambientes-impactam-no-cerebro/

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