Algum respiro para não pi(o)rar

 

Habitamos numa realidade cada vez mais imersos no mundo dos algoritmos. Eles existem para tudo o que se possa pensar. Curiosamente, com excessão para a reflexão crítica! Que coincidência! 

Talvez seja mesmo para embotar as mentes. Assim as engrenagens do capitalismo seguem imparáveis com seu projeto de alienação, promovendo o individualismo e o empreendedorismo como modelos de sucesso, mais sutilmente voltando as lentes para os nossos próprios umbigos, via sucesso e cliques nas redes sociais, ou das selfies. Vivemos a era da imagem e do tudo para ontem!

Por outro lado, observamos que a cada dia que passa a mídia aprofunda mais e mais em nossas vidas. Informações, falsas ou não, nos bombardeiam por todos os lados, obstruindo todos os canais de nossa percepção.

Dominados, estamos dominados, pois sem alguma critica não há filtro e sem filtro, tudo que chega, entra e formata nosso modo de pensar e de viver!    

Se não estivermos muito atentos para filtrarmos as informações que nos sejam úteis, o que vem de fora entra e nos corrompe. Então só nos restará a desertificação; da crítica, das perspectivas de algum reflorestamento, do cotidiano e até das relações sociais.

Esta é a realidade propícia para o refúgio nas Inteligências Artificiais. E este refúgio quer dizer uma coisa: o mal uso. 

Pra complicar um pouco mais, junte-se a tudo isso o isolamento forçado e as angústias provocadas pela pandemia e temos aqui um panorama desolador.

Haja saúde mental para manutenção do equilíbrio e abrir espaço para o surgimento de alguma criatividade para suportar as consequências do isolamento, fazer um bom uso das IA e sustentar alguma crítica que possa oferecer resistência e preservar a vida. A que ponto chegamos! 

Por sorte restam algumas saídas, escrever por exemplo, nos resgata, nos concentra, faz respirar ao invés de pirar! 

Mais que nunca, preservar a saúde em todos os seus aspectos, é necessário! 

fev.21

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