Como tomar decisões?

VEJA COMO FUNCIONA O SEU CÉREBRO E COMO TOMAR AS DECISÕES CERTAS

Daniel Levitin, o neurocientista, músico e autor de “A mente organizada” revela no seu livro como novas descobertas no campo da neurociência cognitiva o podem ajudar a compreender melhor o seu cérebro, melhorando a atenção e memória, evitando que o excesso de informação, característico dos tempos que vivemos, perturbe a tomada de decisões claras. Veja como.

DÊ DESCANSO À SUA MENTE

O mais poderoso computador do mundo é o seu cérebro. Ele é capaz de processar e analisar múltiplas e complexas fontes de informação rapidamente. Mas ele não é infalível, como alguns pensam. Ele também precisa de ser bem tratado, por isso assegure-se que:

Dorme bem. Durante o sono, o cérebro executa várias tarefas de manutenção e arrumação da informação. É o sono que regenera a nossa energia e capacidade de funcionamento e uma boa noite de sono permite uma clareza de pensamento, à análise de informação estruturada e tomada de decisões com confiança

Não tenta fazer tudo ao mesmo tempo. Não deixe que a tecnologia o distraia com a sua ubiquidade. Hoje, parece ser possível fazer tudo ao mesmo tempo: ler as notícias, ver o que os seus amigos estão a fazer nas redes sociais e responder a e-mails de clientes. Executar todas estas tarefas em simultâneo pode parecer uma ótima forma de ser produtivo, mas não é. Pelo contrário, o seu cérebro está simplesmente a alternar a sua concentração entre uma e outra tarefa, com interrupções diversas. A longo prazo, (tentar) fazer múltiplas tarefas em simultâneo vai apenas desgastar o cérebro

Pratica um esporte. Já aqui referimos que deve incluir o esporte na sua agenda de trabalho. Os benefícios vão muito além do bem-estar físico. O esporte ajuda-o a manter-se concentrado nos seus objetivos, sem distrações.

DÊ TEMPO A SI MESMO

O cérebro opera a duas velocidades: uma rápida e outra lenta.

A parte rápida do cérebro é responsável pela intuição e emoção. É a parte rápida que nos ajuda a apreciar as pessoas com quem interagimos diariamente, aproximando-nos ou afastando-nos delas, fazendo-nos sentir mais ou menos confiança nelas.

É também a parte rápida que nos ajuda a gerar ideias. Por vezes excelentes ideias, como as que são necessárias no lançamento de novos produtos e subitamente nos apercebemos que uma característica que ainda não foi totalmente introduzida no produto será muito apreciada pelos clientes. É uma área criativa do nosso cérebro que age por impulso.

Mas a parte lenta do cérebro é tão ou mais importante do que a parte rápida. É a nossa capacidade de “dormir sobre o assunto”, evitando decisões impulsivas.

Por vezes, é difícil dominar uma decisão apressada. Em situações onde multidões de pessoas tomam a mesma decisão por impulso, como quando vendem ações de uma empresa por exemplo, é difícil resistir à pressão. O nosso cérebro quase nos força a tomar a mesma decisão do “rebanho”.

Essas decisões por impulso são muitas vezes erradas. Quando recebe um email de um cliente zangado, por exemplo, a sua tentação será responder rapidamente e num tom zangado também. Nada mais errado, pois o cliente não irá reagir melhor ao seu email só porque foi escrito num tom zangado.

Em vez disso, utilize a parte lenta do cérebro para reunir factos e confirmar a validade das suas decisões. Os resultados financeiros confirmam que é uma boa decisão vender ações daquela empresa? Que tipo de análise sustenta esta opção? Que argumentos contrários poderiam ser extraídos dos dados?

Mesmo que a análise confirme a decisão tomada por impulso, pondere a sua execução dando a si mesmo mais tempo. Passe pelo menos uma semana afastado do assunto para voltar mais tarde com uma visão fresca, como se estivesse a abordar o problema pela primeira vez. A diferença é que o seu cérebro, entretanto, foi capaz de organizar a informação melhor afastando as emoções rápidas do processo de tomada de decisão.

EXTERIORIZE AS SUAS DECISÕES (E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO)

Não concentre excessivamente a informação na sua cabeça, se não é obrigado a fazê-lo. Muitos gestores acumulam toneladas de informação específica e contextual sobre os mais diversos assuntos, o que é ótimo. Mas quando se trata da tomada de decisões complexas é muito mais fácil trazer tudo para fora.

Escreva as suas ideias num papel. De preferência, evite gadgets (aplicativos) para anotar ideias porque eles estão sempre ligados a todo o tipo de fontes de distração. O papel é melhor para organizar informação pouco estruturada e incompleta pois permite mais interação física e com menos ruído.

Converse com os seus colaboradores, pensando alto. Expor o seu processo de tomada de decisão vai ajudá-lo não só a testar a robustez das suas decisões como também a convidar novas ideias de outros elementos.

 

Fonte: https://www.portal-gestao.com/artigos/7524-veja-como-funciona-o-seu-c%C3%A9rebro-e-como-tomar-as-decis%C3%B5es-certas.html

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