Meditar ajuda a manter o cérebro jovem

Meditação ajuda a manter o cérebro mais jovem, diz pesquisa

Quem medita tem perda menor de massa cinzenta. Estudo abre porta para que doenças como o Alzheimer possam ser tratadas com meditação.

Um dos segredos para envelhecer com saúde pode estar ao alcance de todo mundo. É só dar um tempo das preocupações do dia a dia e simplesmente meditar.

Fechar os olhos e concentrar toda a atenção em uma só coisa: a sua respiração. Nada mais. E conforme os pensamentos vão surgindo, lentamente, você vai limpando a mente, e voltando o foco para o ato de respirar e expirar. Um exercício simples, que pode mudar a sua vida, se for feito com regularidade.

Hoje nós vivemos bem mais que nossos antepassados. O problema é que esses anos a mais que nós ganhamos trouxeram também maiores riscos de doenças do cérebro, como a demência, por exemplo.

Enquanto a indústria farmacêutica corre em busca de medicamentos capazes para tentar combater os efeitos do envelhecimento, uma nova pesquisa mostra que o simples ato de meditar pode ajudar a manter o seu cérebro mais jovem.

O responsável pelo estudo é este pesquisador da Universidade da Califórnia. Ele conta que comparou a massa cinzenta do cérebro de pessoas que meditam há cerca de 20 anos, com pessoas que nunca meditaram.

A massa cinzenta é formada por neurônios, e é responsável pelo processamento dos estímulos que recebemos, pelo nosso raciocínio, memória, emoções e sentidos.

Ao contrário do que muita gente imagina, o envelhecimento do cérebro começa bem cedo, a partir dos 25 anos de idade. A massa cinzenta vai pouco a pouco diminuindo, murchando, em um processo que não para.

“Até recentemente nós não sabíamos se a meditação poderia mesmo mudar o processo de envelhecimento do cérebro. Em nosso estudo, mostramos que, no cérebro das pessoas que meditam, a perda de massa cinzenta é menor, não é tão grande quanto no cérebro de quem não medita”, explica o pesquisador Florian Kurth.

Isso significa que quem medita tem menos chances de perder a memória no futuro? 

“Essa é a esperança. Esse estudo abre novas portas para que, no futuro, as demências, doenças como o Alzheimer, por exemplo, possam ser tratadas de uma maneira mais simples e barata, com meditação”, responde o pesquisador.

Juliana foi uma das voluntárias nessa pesquisa. Ela começou a meditar há 20 anos por recomendação médica, depois de ser diagnosticada com depressão e distúrbio de ansiedade.

“Não imaginei que uma série de exercícios mentais teria um impacto significativo sobre minha vida, mas eu estava desesperada o suficiente para tentar. O efeito imediato foi ficar mais focada, menos ansiosa”, diz instrutora de meditação Julianna Raye.

“Meditação não tem mistério. Basta começar!”, recomenda o pesquisador. E os resultados? “Em seis semanas já foi possível notar mudanças na aparência e estrutura do cérebro”, relata o pesquisador.

 

Fonte: http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/06/meditacao-ajuda-manter-o-cerebro-mais-jovem-diz-pesquisa.html

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