Os remédios e sua invenção

A invenção do remédio

Parece inegável que há uma “vivência contemporânea” das velhas angústias humanas, e ainda mais a existência de “remédios contemporâneos” para estas vivências. Quem se coloca na posição de paciente, se debatendo com os sintomas do nosso tempo, delega aos clínicos a responsabilidade pela “cura“ de seu sofrimento. Mas o que a psiquiatria, a psicanálise e as psicoterapias dizem com suas pílulas e palavras? 

Alfredo Simonetti, psiquiatra e psicanalista, afirma que com o surgimento dos remédios psiquiátricos, conquistamos a possibilidade de ter alívio para as dores da vida. E a psiquiatria, que antes cuidava só das doenças mentais, passou a se encarregar também de resolver a nossa infelicidade cotidiana, chamada de mal-estar contemporâneo. O mundo de hoje criou de fato novas dores? O uso, cada vez mais maciço, destas “pílulas de felicidade” vem transformando o nosso jeito de ver o sofrimento, nosso jeito de sentir? 

 

 

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